Autonomia

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Autonomia Vs Sobreprotecção

Proteger os filhos é uma atitude normal de qualquer pai ou mãe, mas excessos cometidos devem ser evitados para que mais tarde a criança consiga ter alguma autonomia

A pessoa com autismo deve aprender a realizar tarefas básicas, baseadas nos seus interesses e tendo em conta suas capacidades e limitações.

Em geral, a superprotecção está relacionada a um sentimento de culpa pela condição do filho. Por isso, é importante que, ao perceber os sintomas da superprotecção, os pais procurem ajuda profissional e discutam seus problemas na educação da criança com pedopsiquiatras, psicólogos, pediatras. Educar na sobre protecção, frequentemente, cria pessoas inseguras e muito dependentes. Quando sobreprotegemos uma criança estamos a torná-la mais vulnerável.

Por vezes torna-se difícil para aos pais definir justamente os limites entre a superproteção e os cuidados normais de uma família. Para saber, o melhor “termómetro” é a autocrítica. Os pais devem questionar se o tratamento/educação que dão ao filho com PEA é o mesmo que eles dariam ou dão a um filho sem nenhuma limitação.

O processo de autonomia poderá torna-se um ciclo vicioso, senão vejamos, quanto mais limitações a criança tem, menos autonomia é dada por parte dos pais devido ao medo e à insegurança de que a criança não seja capaz de realizar uma qualquer actividade. Desta forma, quanto menos oportunidades são dadas à criança para mostrar que é capaz, menos a criança demonstra saber realizá-las e consequentemente, mais os pais pensam que a criança não é mesmo capaz, e assim sucessivamente, acabando por perpetuar este ciclo.

Os pais tem que ter, sobretudo, confiança nos seus filhos e acreditar que eles são capazes, dando-lhes oportunidades para crescerem e tornarem-se os mais independentes possíveis, dentro das suas limitações tratando-se de crianças com PEA. Como saberemos que não são capazes senão lhe proporcionarmos as situações?

 Por Susete Matias (Psicóloga — APPDA-V)


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